quarta-feira, 27 de junho de 2012

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Palestra com Raul Teixeira falando sobre a lei da reencarnação
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O Culto do Evangelho no Lar é uma reunião em família em que por meio da prece, do estudo evangélico e do diálogo fraterno Jesus se faz presente. Todos, independente de religião devem realizá-lo.
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Mensagem 123

Um abraço, em nome da Virgem, faz maravilhas!

"

Bezerra de Menezes acabava de presidir a uma das Sessões públicas da Casa

de Ismael, na Av. Passos.

Era uma noite de terça-feira do mês de junho de 1896. Sua palavra esclarecida e

carinhosa, à moda de uma chuva fina e criadeira, no dizer de M. Quintão, penetrava às

almas de quantos, encarnados e desencarnados, lhe ouviam a evangélica dissertação sobre

uma Lição do Livro da Vida! Os olhos estavam marejados de lágrimas, tanto de ouvintes

como os do próprio Orador.

Acabada a Sessão, descera Bezerra com passos tardos, ainda emocionado, as escadas da

Federação Espírita Brasileira. E ia, humildemente, indagando dos mais íntimos, se

ferira alguém com sua palavra, que lhe perdoassem o descuido e ia descendo e afagando

a todos que o esperavam, ávidos de seus conselhos, dos seus sorrisos, do

seu olhar manso e bom.

No sucedâneo da escada, localizou um irmão, de seus 45 anos, cabelos em desalinho, com

a roupa suja e amarrotada.

Os dois se olharam. Bezerra compreendeu logo que ali estava um Caso, todo particular, para

ele resolver.

Oh! Bendito os que têm olhos no coração! E Bezerra os tinha e os tem! E levou o desconhecido

para um canto e lhe ouviu, com atenção, o desabafo e o pedido:

- Dr. Bezerra, estou sem emprego, com a mulher e os dois filhos doentes e

famintos... E eu mesmo, como vê, estou sem alimento e febril!

- Bezerra, apiedado, verificou se ainda tinha algum dinheiro. Nada encontrou nos

bolsos. Apenas a passagem do bonde...

- Tornou-se mais apiedado e apreensivo.

- E levantou os olhos já molhados de pranto para o alto e, numa Prece muda, pediu

Inspiração a Maria Santíssima, seu Anjo Tutelar e solucionador de seus

problemas. Depois, virando-se para o Irmão:

- Meu filho, você tem fé em Nossa Senhora? A Mãe do Divino Mestre, a nossa Mãe Querida?

- Tenho e muita, Dr. Bezerra!

- Pois, então, em seu Santíssimo Nome, receba este abraço.

- E abraçou o desesperado Irmão, envolvente e demoradamente. E, despedindo-se:

- Vá, meu filho, na Paz de Jesus e sob a proteção do Anjo da Humanidade.E, em seu lar, faça

o mesmo com todos os seus familiares, abraçando-os, afagando-os. E confie Nela, no Amor

da Rainha do Céu, que seu Caso há de ser resolvido.E Bezerra partira.

A caminho do lar meditava: teria cumprido seu dever, será que possibilitara ajuda

ao irmão em prova, faminto e doente?

E arrependia-se por não lhe haver dado senão um abraço. Não possuía nenhum dinheiro. O próprio

anel de grau já não estava nos seus dedos. Tudo havia dado. Não tendo dinheiro, dera

algo de si mesmo, vibrações, bom ânimo, moeda da alma ao irmão sofredor e não tinha

certeza de que isso lhe bastara...

E, neste estado de espírito, preocupado pela sorte de um seu semelhante, chegou ao lar.

***

Uma semana passara-se.

Bezerra não se recordava mais do sucedido. Muitos eram os problemas alheios. Após a sessão

de outra terça-feira, descia as escadas da Federação.

Alguém, no mesmo lugar da escada, trazendo na fisionomia toda a emoção

do agradecimento, toca-lhe o braço e lhe diz:

- Venho agradecer-lhe, Dr. Bezerra, o abraço milagroso que me deu na semana passada, neste

local e nesta mesma hora.Daqui saí logo sentindo-me melhor. Em casa, cumpri seu pedido

e abracei minha mulher e meus filhos. Na linguagem do coração, oramos todos à Mãe do Céu. Na

água que bebemos, e demos aos familiares, parece, continha alimento; pois dormimos todos bem.

No dia seguinte, estávamos sem febre e como que alimentados... E veio-me uma

inspiração, guiando-me a uma porta, que se abriu e alguém por ela saiu, ouviu o meu

problema, condoeu-se de mim e me deu um emprego, no qual estou até hoje. E venho

lhe agradecer a grande dádiva que o senhor me deu, arrancada de si mesmo, maior e melhor do

que dinheiro!

- O ambiente era tocante!

Lágrimas caíam tanto dos olhos de Bezerra como do irmão beneficiado e desconhecido.

E uma prece muda, de dois corações unidos, numa mesma força gratulatória, subiu aos Céus, louvando

Aquela que é, em verdade, a Porta de nossas Esperanças, a Mãe Sublime de todas as Mães, a

Advogada querida de todas as Nossas Causas!

Louvado seja o nome de Maria Santíssima!

E abençoado seja o nome de quem, em seu Nome, num Abraço, fez maravilhas, a verdadeira Caridade

Desconhecida!


Ramiro Gama,

livro Lindos Casos de Bezerra de Menezes,

13ª ed. São Pulo, Lake, 1998.

Grupo PAS,

Paz, Amor & Solidariedade na internet

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pense...

Por que sofre tanto?

Se quer a vitória, não desanime diante das dificuldades.

A luz existe e está dentro de você.

Acredite que tudo é aprendizado e que já está no caminho certo.

Continue...

Continue...

Perdoe o seu próximo.

E seu coração se aliviará e encontrará a paz que tanto procura.

Eleve seu pensamento ao mestre Jesus e a Deus.

De um amigo aos amigos da Fraternidade.


Mensagem recebida pelo Grupo de Estudos 
da Psicografia da Fraternidade Francisco de Assis

sábado, 9 de junho de 2012

Espiritismo

Espiritismo não é apenas o consolador da Terra. É o renovador do "eu".
Não constitui somente a iluminação das massas. É lâmpada acesa para o coração do homem.
Não é simplesmente Boa Nova no espírito popular.
É nova mensagem de redenção para o indivíduo.
Não é apenas a fonte miraculosa da graça.
É campo de esforço próprio.
Não é somente a técnica de salvação para todos.
É o processo de solução exata aos problemas de cada um.
Não se resume a palácio de princípios sublimes no corpo ciclópico do século.
É caso de trabalho regenerador para cada dia.
Não representa simplesmente a usina poderosa impulsionando a ascensão coletiva.
É motor destinado à elevação pessoal.
Não está circunscrito ao santuário da esperança reconfortante.
É esfera de serviço ativo da nossa redenção individual no supremo bem.
O Espiritismo não é uma religião como outra qualquer, mas sim um método de viver.


Autor: André Luiz
Psicografia de W.V

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O egoísmo e o orgulho

Suas causas, seus efeitos e os meios de destruí-los


Está bem reconhecido que a maioria das misérias humanas tem a sua fonte no egoísmo dos homens. Então, desde que cada um pensa em si, antes de pensar nos outros, e quer a sua própria satisfação antes de tudo, cada um procura, naturalmente, se proporcionar essa satisfação, a qualquer preço, e sacrifica, sem escrúpulo, os interesses de outrem, desde as menores coisas até as maiores, na ordem moral como na ordem material; daí todos os antagonismos sociais, todas as lutas, todos os conflitos e todas as misérias, porque cada um quer despojar o seu vizinho.

O egoísmo tem a sua fonte no orgulho. A exaltação da personalidade leva o homem a se considerar como acima dos outros, crendo-se com direitos superiores, e se fere com tudo o que, segundo ele, seja um golpe sobre os seus direitos. A importância que, pelo orgulho, liga à sua pessoa, torna-o naturalmente egoísta.

O egoísmo e o orgulho têm a sua fonte num sentimento natural: o instinto de conservação. Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade, porque Deus nada pode fazer de inútil. Deus não criou o mal; foi o homem que o produziu pelo abuso que fez dos dons de Deus, em virtude de seu livre arbítrio. Esse sentimento, encerrado em seus justos limites, portanto, é bom em si; é o exagero que o torna mau e pernicioso; ocorre o mesmo com todas as paixões que o homem, freqüentemente, desvia de seu objetivo providencial. De nenhum modo Deus criou o homem egoísta e orgulhoso; criou-o simples e ignorante; foi o homem que se fez egoísta e orgulhoso exagerando o instinto que Deus lhe deu para a sua conservação.

Os homens não podem ser felizes se não vivem em paz, quer dizer, se não estão animados de um sentimento de benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocos, em uma palavra, enquanto procurarem se esmagar uns aos outros. A caridade e a fraternidade resumem todas as condições e todos os deveres sociais; mas supõem a abnegação; ora, a abnegação é incompatível com o egoísmo e o orgulho; portanto, com seus vícios nada de verdadeira fraternidade, partindo, da igualdade e da liberdade, porque o egoísta e o orgulhoso querem tudo para eles. Estarão sempre aí os vermes roedores de todas as instituições progressistas; enquanto eles reinarem, os sistemas sociais mais generosos, mais sabiamente combinados, desabarão sob os seus golpes. É belo, sem dúvida, proclamar o reino da fraternidade, mas para que serve se existe uma causa destruidora? É edificar sobre um terreno movediço; tanto valeria decretar a saúde para um país insalubre. Num tal país, querendo-se que os homens se portem bem, não basta enviar-lhe médicos, porque eles morrerão como os outros; é necessário destruir as causas da insalubridade. Se quereis que vivam como irmãos sobre a Terra, não basta lhes dar lições de moral; é necessário destruir as causas do antagonismo; é necessário atacar o princípio do mal: o orgulho e o egoísmo. Aí está a praga; aí deve se concentrar toda a atenção daqueles que querem seriamente o bem da Humanidade. Enquanto esses obstáculos subsistirem, verão seus esforços paralisados, não só por uma resistência de inércia, mas por uma força ativa que trabalhará, sem cessar, para destruir a sua obra, porque toda idéia grande, generosa e emancipadora, arruína as pretensões pessoais.

Destruir o egoísmo e o orgulho é coisa impossível, dir-se-á, porque esses vícios são inerentes à espécie humana. Se isso fora assim, seria necessário desesperar de todo o progresso moral; no entanto, quando se considera o homem em suas diferentes idades, não se pode desconhecer um progresso evidente: portanto, se ele progrediu, pode progredir ainda. Por outro lado, é que não se encontra nenhum homem desprovido do orgulho e do egoísmo? Não se vêem, ao contrário, essas naturezas generosas nas quais o sentimento de amor ao próximo, de humildade, de devotamento e de abnegação, parecem inatos? O número é menor do que o dos egoístas, isto é certo, de outro modo estes últimos não fariam a lei; mas há deles mais do que se crê, e se parecem tão pouco numerosos é que o orgulho se põe em evidência, ao passo que a virtude modesta permanece na sombra. Se, pois, o egoísmo e o orgulho estivessem nas condições necessárias à Humanidade, como as de se nutrir para viver, não haveria exceções; o ponto essencial é, pois, chegar a fazer a exceção passar ao estado de regra; para isso, antes de tudo, trata-se de destruir as causas que produzem e sustentam o mal.

A principal dessas causas se liga, evidentemente, à falsa idéia que o homem faz de sua natureza, de seu passado e de seu futuro. Não sabendo de onde vem, se crê mais do que não o é; não sabendo para onde vai, concentra todo o seu pensamento sobre a vida terrestre; ele a vê tão agradável quanto possível; quer todas as satisfações, todos os gozos: é porque caminha, sem escrúpulos, sobre o seu vizinho, se este lhe faz obstáculo; mas, para isso, é necessário que ele domine; a igualdade daria a outros direitos que quer ter sozinho; a fraternidade lhe imporia sacrifícios que estariam em detrimento de seu bem-estar; a liberdade, ele a quer para si, e não a concede, aos outros, senão quando ela não leve nenhum prejuízo às suas prerrogativas. Tendo cada um as mesmas pretensões, disso resultam conflitos perpétuos, que fazem pagar bem caro alguns dos gozos que venham a se proporcionar.

Que o homem se identifique com a vida futura, e a sua maneira de ver muda completamente, como a de um indivíduo que não deve permanecer senão poucas horas numa habitação má, e que sabe que, à sua saída, terá outra magnífica, para o resto de seus dias.

A importância da vida presente, tão triste, tão curta, tão efêmera, se apaga diante do esplendor do futuro infinito que se abre diante dele. A conseqüência natural, lógica, dessa certeza, é a de sacrificar um presente fugidio a um futuro durável, ao passo que antes sacrificava tudo ao presente. Tornando-se a vida futura o seu objetivo, pouco lhe importa ter um pouco mais, ou um pouco menos neste; os interesses mundanos são os acessórios, em lugar de serem o principal; ele trabalha no presente tendo em vista assegurar a sua posição no futuro, além disso, sabe em que condições pode ser feliz.

Pelos interesses mundanos, os homens podem lhe opor obstáculos: é preciso que os afaste, e se torna egoísta pela força das coisas; se leva suas vistas mais alto, para uma felicidade que nenhum homem pode entravar, não tem interesse em esmagar ninguém, e o egoísmo não tem mais objeto; mas resta-lhe sempre o estímulo do orgulho.

A causa do orgulho está na crença que o homem tem de sua superioridade individual; e é aqui que se faz sentir ainda a influência da concentração do pensamento sobre a vida terrestre. No homem que nada vê diante dele, nada depois dele, nada acima dele, o sentimento da personalidade o arrebata, e o orgulho não tem nenhum contrapeso.

A incredulidade não só não possui nenhum meio de combater o orgulho, mas o estimula e lhe dá razão negando a existência de um poder superior à Humanidade. O incrédulo não crê senão em si mesmo; é, pois, natural que ele tenha orgulho; ao passo que, nos golpes que o atingem, ele não vê senão o acaso e se endireita, aquele que tem a fé, vê a mão de Deus e se inclina. Crer em Deus e na vida futura é, pois, a primeira condição para moderar o orgulho, mas isso não basta; ao lado do futuro, é preciso ver o passado para se fazer uma idéia justa do presente.

Para que o orgulhoso cesse de crer em sua superioridade, é preciso lhe provar que ele não é mais do que os outros, e que os outros são tanto quanto ele; que a igualdade é um fato e não, simplesmente, uma bela teoria filosófica; verdades que ressaltam da preexistência da alma e da reencarnação.

Sem a preexistência da alma, o homem é levado a crer que Deus o beneficiou excepcionalmente, quando crê em Deus; quando não crê, rende graças ao acaso e ao seu próprio mérito. A preexistência, iniciando-o na vida anterior da alma, lhe ensina a distinguir a vida espiritual infinita, da vida corpórea, temporária; sabe, por aí, que as almas saem iguais das mãos do Criador; que têm um mesmo ponto de partida e um mesmo objetivo, que todas devem alcançar, em mais ou menos tempo segundo os seus esforços; que ele mesmo não chegou ao que é senão depois de ter, por muito tempo e penosamente, vegetado como os outros nos graus inferiores: que não há, entre as mais atrasadas e as mais avançadas, senão uma questão de tempo; que as vantagens de nascimento são puramente corpóreas e independentes do Espírito; que o simples proletário pode, numa outra existência, nascer sobre um trono, e o mais poderoso renascer proletário. Se não considera senão a vida corpórea, vê as desigualdades sociais do momento; elas o ferem; mas se leva seus olhares sobre o conjunto da vida do Espírito, sobre o passado e sobre o futuro, desde o ponto de partida até o ponto de chegada, essas desigualdades se apagam, e reconhece que Deus não favoreceu a nenhum de seus filhos em prejuízo dos outros; que fez parte igual a cada um e não aplainou o caminho mais para uns do que para outros; que aquele que é menos avançado do que ele sobre a Terra, pode chegar antes dele, se trabalha mais do que ele pelo seu aperfeiçoamento; reconhece, enfim, que cada um não chegando senão pelos seus esforços pessoais, o princípio de igualdade se acha ser, assim, um princípio de justiça e uma lei da Natureza, diante das quais cai o orgulho do privilégio.

A reencarnação,provando que os Espíritos podem renascer em diferentes condições sociais, seja como expiação, seja como prova, ensina que naquele que se trata com desdém, pode-se encontrar um homem que foi nosso superior ou nosso igual numa outra existência, uma amigo ou um parente. Se o homem o soubesse, tratá-lo-ia com respeito, mas, então, não teria nenhum mérito; e, pelo contrário, se soubesse que seu amigo atual foi seu inimigo, seu servidor ou seu escravo, o repeliria; ora, Deus não quis que isso fosse assim, por isso lançou um véu sobre o passado; desta maneira, o homem é levado a ver, em todos, irmãos e seus iguais; daí uma base natural para a fraternidade; sabendo que ele mesmo poderá ser tratado como houver tratado os outros, a caridade se torna um dever e uma necessidade, fundados sobre a própria Natureza.

Jesus colocou o princípio da caridade, da igualdade e da fraternidade; fez dele uma condição expressa de salvação; mas estava reservado à terceira manifestação da vontade de Deus, ao Espiritismo, pelo conhecimento que dá da vida espiritual, pelos horizontes novos que descobre e as leis que revela, sancionar esse princípio, provando que não é somente uma doutrina moral, mas uma lei da Natureza, e que está no interesse do homem praticá-lo. Ora, ele o praticará quando, cessando de ver no presente o começo e o fim, compreenderá a solidariedade que existe entre o presente, o passado e o futuro. No campo imenso do infinito que o Espiritismo lhe faz entrever, sua importância pessoal se anula; compreende que sozinho não é nada e nada pode; que todos têm necessidade uns dos outros; duplo revés para o seu orgulho e o seu egoísmo.

Mas, para isso, lhe é necessária a fé, sem a qual ficará forçosamente na rotina do presente; não a fé cega que foge da luz, restringe as idéias, e, por isso mesmo, mantém o egoísmo, mas a fé inteligente, raciocinada, que quer a claridade e não as trevas, que rasga temerariamente o véu dos mistérios e alarga o horizonte; é essa fé, primeiro elemento de todo o progresso, que o Espiritismo lhe traz, fé robusta porque está fundada sobre a experiência e os fatos, porque lhe dá provas palpáveis da imortalidade de sua alma, lhe ensina de onde vem, para onde vai, e porque está sobre a Terra; porque, enfim, ela fixa suas idéias incertas sobre seu passado e sobre seu futuro.

Uma vez entrado largamente nesse caminho, o egoísmo e o orgulho, não tendo mais as mesmas causas de superexcitação, se extinguirão, pouco a pouco, por falta de objetivo e de alimento, e todas as relações sociais se modificarão sob o império da caridade e da fraternidade bem compreendidas.

Isso pode chegar por uma mudança brusca? Não, isso é impossível: nada é brusco na Natureza; jamais a saúde se torna, subitamente, em uma doença; entre a doença e a saúde há sempre a convalescênça. O homem não pode, pois, instantaneamente, mudar seu ponto de vista, e levar os seus olhares da Terra ao céu; o infinito o confunde e o ofusca; é-lhe necessário o tempo para assimilar as idéias novas. O Espiritismo é, sem contradita, o mais poderoso elemento moralizador, porque mina o egoísmo e o orgulho pela base, dando um ponto de apoio à moral: fez milagres de conversões; não são ainda, é verdade, senão cuidados individuais,e freqüentemente parciais; mas o que produziu sobre os indivíduos é a garantia do que produzirá um dia sobre as massas. Ele não pode arrancar as más ervas de repente; dá a fé; a fé é uma boa semente, mas é necessário, a essa semente, o tempo para germinar e dar frutos; eis porque todos os espíritas não são ainda perfeitos. Ele pegou o homem no meio da vida, no fogo das paixões, na força dos preconceitos, e se, em tais circunstâncias, operou prodígios, que será quando o tomar em seu nascimento, virgem de todas as impressões malsãs; quando aquele receber a caridade desde a meninice, e for embalado pela fraternidade; quando, enfim, toda uma geração será elevada e nutrida nas idéias que a razão aumenta, fortificará em lugar de desunir? Sob o império dessas idéias, tornadas a fé para todos, o progresso, não encontrando mais obstáculo no egoísmo e no orgulho, as próprias instituições se reformarão e a Humanidade avançará rapidamente para os destinos que lhe foram prometidos sobre a Terra, esperando os do céu.

Obras Póstumas


A visão espírita das almas gêmeas.

Encontrar um grande amor e ser feliz para sempre é o sonho de muitas pessoas. Muitos passam a vida idealizando sua cara metade; outros, quando se apaixonam, logo acreditam ter encontrado a pessoa ideal, até o momento em que surgem os problemas e as decepções. Como consequência, a desilusão parece desmoronar o castelo construído, como esculturas na areia.

Mas a grande dúvida permanece: nossa alma gêmea realmente existe, ou será apenas um sonho, fruto da imaginação dos mais românticos?

A crença na alma gêmea vem desde a antiguidade. Uma lenda conta que, Deus, no processo de criação do mundo, uniu homens e mulheres em um só corpo (a Bíblia diz que a mulher foi criada a partir da costela de Adão), mas após a queda do Paraíso os seres humanos teriam se distanciado do Criador. Assim, a união foi interrompida, dando origem ao sexo oposto. Desde então, homem e mulher passaram a buscar sua outra metade para se sentirem plenos novamente.

A explicação bíblica é mitológica e está carregada de informações profundas, que se não forem corretamente interpretadas podem dar a ideia de algo fantasioso.

Na psicologia junguiana, que leva em conta a linguagem simbólica, o termo alma gêmea simboliza o arquétipo da afetividade. Alguns psicólogos explicam que, com o tempo, os conceitos evoluíram e o príncipe encantado que chegaria montado em um cavalo branco foi substituído por uma pessoa que se identifique com os ideais do outro, a chamada cara metade ou o companheiro ideal.

Já a ficção alimenta a fantasia das pessoas e, muitas vezes, foge da realidade. Portanto, precisamos ficar atentos para a mensagem que está sendo passada ao público sobre certos conceitos.

O Espiritismo esclarece que não existem dois espíritos criados um exclusivamente para o outro, mas que podem ter em comum os mesmos interesses e afinidades. O espírito imortal poderá encontrar em sua trajetória evolutiva muitos espíritos afins. Essa busca pelo grande amor significa a aspiração da alma pela felicidade completa.

A pergunta 386 de O Livro dos Espíritos explica que duas pessoas que se conheceram e se estimaram em vidas anteriores não se reconhecem, como muitos acreditam; apenas se sentem atraídos um para o outro. Isso acontece porque as recordações das existências passadas trariam grandes inconvenientes; mas é claro que existem raras exceções.

Essas questões nos levam a uma reflexão: como aprender a conviver e aceitar as diferenças, mesmo quando há uma grande afinidade entre os espíritos afins, afinal, cada qual trilha um caminho na jornada evolutiva.






segunda-feira, 4 de junho de 2012

Prezados(as) Companheiros(as) da Seara Espírita!

Estamos encaminhando mensagem psicografada de Eurípedes Barsanulfo, por meio de nossa companheira Suely, para que possa servir de orientação à todos nós, diante do momento pelo qual estamos presenciando.

Aproveitamos para ensejar votos de paz e serenidade à todos(as) voces!
... Grupo de Estudos Espírita Léon Denis - GEELD
www.geeld.blogspot.com

Irmãos Queridos.

Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e de estímulo.

Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captá-la. Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares. Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha.

Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, vêem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis. É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através de esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.

Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! a fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável.O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta.

Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral. Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança!

Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país acrescer e a caminhar no rumo do progresso. São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor.

Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que "Jesus está no leme!" e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado.

E não esqueçamos de que, se o Brasil "é o coração do mundo", somente será a "pátria do Evangelho" se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós".

Eurípedes Barsanulfo

Mensagem recebida no Centro Espírita "Jesus no Lar" - Médium - Suely Caldas Schuber
29/05/2012